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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Do Camaquã a Lagoa




Do Camaquã a Lagoa                                                                            

(Nasceu em seus primeiros verso como camaquã / declinou para "Para lá de Itapuã" / Mas parece que pode continuar Camaquã. Pela riqueza das paisagens"

Iª Parte
Cantando o tempo voa
Junto o Sol abro as manhãs
Balanço de minha canoa
Serestas de Araquãs

Paredões barrancas matas
Cascatas e Afluentes
Rosto Esculpido na pedra  / Opção: - "Esculturas de ventos e águas"                            
Doces e Bravas correntes

Nas noites de calmarias
Quando dorme Iansã   (Deusa das Tempestades)
Ao Alto,  tudo alumia
Faz barra meu Camaquã

Quando saio na lagoa / Opção: "Quando adentro a Lagoa"
La fora o tempo para
Astros por todos os lados
No céu, no horizonte / No espelho das águas

Eu vou...., / pr´outros rincões
Montar, Barraca e ronda
Cercado.... /  por constelações
Levo redes / pra peixe e sombra

Penso: sou um Navegante
Cruzando o Universo
Em busca de minha estrela
Que deixei perdida / Na dobra de um verso.


IIª Parte
Dorados contra correntes
Pendentes ramos, Criúvas
Vozes tristes de Kilombos  / Opção: "Vozes tristes de ribeiros"
Tambores, e Paus de chuvas

De remanso em remanso
Quebra mastro / Corta proa  / (Licença poética) / Opção: "vou remando minha canoa"
Vida de pescador pobre
Pobre, mas de vida boa

Nas noites de calmarias
Quando Dorme  Iansã
Ao alto  tudo alumia
Faz barra meu Camaquã

Quando adentro a lagoa
La fora o tempo para
Astros por todos os lados
No céu, no horizonte / No espelho das águas

Eu vou..., / pr´outros rincões
Montar, barraca e ronda
Cercado... / por constelações
Levo redes, pra peixe e sombra

Penso: sou um Navegante
Cruzando o Universo
Em busca de minha estrela
Que deixei perdida / Na dobra de um verso.

"Ponteio a viola rasa / Com sentimento profundo
 E canto a moda da casa / O sofrimento do mundo"



"Pontear uma viola rasa / Com sentimento profundo
Cantar a moda da casa / O sofrimento do mundo"



 Nas barrancas cresce as Milhãs
                                                                           Ondula  os Guatemãs / Picão,                                                                                                                           Carrapicho / Pega-Pega/ e                                                                                    Capin Catireneta, Uvá Mirin / Ory Kanga / Brilha a                                                                                                  Mala Cacheta

   
                                                                                                 24/01/2018

Em Busca De Itapoã

Fazem mais de dez anos que não componho nada, esta noite fiz esta canção que, depois vou terminar de cifrar a melodia e a harmonia. Inspiração Rio Camaquã e depois Itapoã. Para uma destas duas paizagens vou adaptá-la.

Otacilio Óta Alves

Tom: La

Compasso:

Remando o Rio Jacuí
Ganho as  águas do guaíba
Armazéns enfileirados
Cais e porto, faróis, guaritas
Vou pra lá de  de Itapuã



                Dó#    Fa#  Ré  Lá  Sol#   Mi    Ré
Melodia: Re      man   do   o     Rio     Ja      cuí
                 SI   Dó#       Ré  Sol#   Fa# Ré    Do#
                Ga   nho as   á      guas   do   guaí  ba

               Do#   Ré   Mi    La    Sol#  Mi    Ré Ré
               Ar     ma   zéns  en      fi      lei     ra     do

Si      Dó#     Ré   LA   Sol#   La   Do#   Dó#
Por    to e     cais   far     ois    gua    ri       tas
(Depois termino)

Refrão

La    Sol#  Mi    Sol# Sol# Fa# Fa# Mi
Nas   noi    tes     de    Cal  ma   ri    a

La    Sol#  Mi    Sol# Sol#   Fa# Fa#  Mi
No    al       to     tu     doa    lu    mi     a

La Fa# Mi Do#
Quando aponto na lagoa
La fora o tempo para
Astros por todos os lados
No céu, no horizonte no espelho das águas




Remando o Rio Jacuí
Ganho as  águas do guaíba
Armazens enfileirados
Cais e porto, faróis, guaritas
Cruzo as águas de Itapuã





Estrela Negra ( deve ficar)


1ª parte


Navegando o Rio Guaíba
Ilhas Matas Casarios
Caicos, Botes Canoas (Barcaças)
(Fragatas), Grandes Navios

Armazéns e Cais do Porto
Faróis e Sinais Costeiros (Guarda Costeira)
Impérios ferem tua Alma
Meu Porto Alegre Trigueiro ( Minha Porto Alegre Trigueira)

Em busca de Itapoã
Ao longe tudo Alumia
Pois quando dorme Iansã
É Noite de Calmaria

Velejando
Ao luar eu vou

Então saio na lagoa
La fora o tempo para
Astros por todos os lugares
No céu, no horizonte, no fundo das águas

Meu Amor!

Me sinto um Argonauta
Cruzando o Universo
Em busca da Estrela Negra
Nas curvas das dobras do teu multi-verso

Meu Amor!

2ª parte

Gemidos de existências
Lágrimas, turvas correntes
Vozes Guerreiras, Kilombos
Tambores de resistências

Chaminés, Águas Suspeitas
E praias abandonadas
Impérios ferem tua Alma
Minha Porto Alegre Amada

Em busca de itapoã
Ao longe tudo Alumia
Pois quando dorme Iansã
É Noite de Calmarias

Velejando
Ao luar eu vou

Então saio na lagoa
La fora o tempo para
Astros por todos os lugares
No céu, no horizonte, no fundo das águas

Meu Amor!

Me sinto um Argonauta
Cruzando o Universo
Em busca da Estrela Negra
Nas curvas das dobras do teu multi-verso

Meu amor!




“ESTAÇÕES DAS ÁGUAS”


Peça Musical que, a princípio, deveria ser levada
a os palcos pelos Tápes. Esta, sobre o universo humano
e geográfico da região que envolve a Lagoa
Dos Patos, com enfoque em lugares, costumes
e linguagem do povo que nesta região vive. As pesquisas
começaram ainda no final da década de 70,
pelo Cláudio Garcia: recolhimentos de dados
visitando pessoas, comunidades e lugares, com enfoque literário
para a produção de textos e letras de
musicas - isto - com viagens para Palmares -
Mostardas - Tavares - Bujuro - São José do Norte,
 e outros lugares, e contatos com pescadores e outros moradores das comunidades costeiras. Com colaboração  de: 
Airton Madeira: Fotografia - Silvio Rebello: 
Fotografia, e conhecimentos de domínio publico
 da navegação pesqueira artesanal local. 
 Todo este material junto a muita música 
composta sobre o tema foram para a gaveta.  
No final década de oitenta em uma velejada para
o Pontal Do Desertor: O Silvio Rebello,  
o Airton Madeira e eu, conversando a respeito, avaliamos as possibilidades e decidimos retomar a ideia do show.
Convidamos o Silvio Pereira e o Cláudio Garcia que toparam a ideia de imediato. 
Precisou corágem: 
Com disponibilidade para o palco  - dos Tápes - 
restavam apenas o Airton e eu. O Rebello 
            para o senário e luz. O Pereira 
para o som. E, O Cládio para revisar
e compor tema que ainda faltavam ser 
transformado e letra e música e, dirigir o show. 
Assim foi feito, e já no final de 1989 estávamos
 indo para o palco. 
O Estações das Águas foi um show simples – Cercado de amigos - Produzido com as armas que tínhamos  -  que funcionou. 
Entre 89 e 93 levamos ele para algumas cidades 
gaúchas. Depois as apresentações tornaram-se 
esporádicas, até que aconteceu o Último Show: 
Em 2001 o Cláudio convidou o professor e músico
 Paulo Shinaider: multi instrumentista - o Darcy Pacheco: multi instrumentista - O Zezé Prestes, percurssão e voz - O Airton Madeira Vocalista e instrumentista, e eu, e apresentamos o Estações Das Águas em cinco ocasiões diferentes.
 A primeira para o aniversário 45 anos de 
fundação da Unijui. Depois mais em quatro:
 duas em Tapes, e duas em Camaquã. 
Não era para ser - mas como em outras 
vezes também - estava na cara que, ali estava
 Os Tápes que como tal foi anunciado pelos 
programadores. No palco, junto estavam a 
meninada: filhos do Airton; Gabriel e Ricardo - 
do Shinaider: o Matheus - do Claudio: o Carlos - 
e mais o Jovem percursionista Lopes. Foram as
 Últimas Apresentações do Estações das Águas
 e Dos Tápes.  O Grupo Musical que fazia cerca de 10 anos que não se apresentava, estava fazendo 
30 anos, de sua fundação oficial naquele ano. Só depois nos damos conta.
SOBRAS

SOBRAS : / Sobe as ondas desce as vagas
De regresso  ao velho cais / Precisos buscando o cais
 Trovões, todos os sinais 
 (Vão em busca de outro cais)
No fronte, , relampagos
 em vendavais /   / Mar bravio  destino vai )
A terra firme 




O Tempo

O tempo passou na Costa
Até virou Costa Doce
Doce costa, costa praias
Kangas e chapéus de palhas 
Guarda sois, esteiras, toalhas
Apagam a velha história
Que estava escrita na areia
Pela Antiga Gente Negra

Costumes se apagaram
Tradições se transpassaram
E foram branqueando a história 
E foram adoçando a paisagem

Em vez de pastos, lavouras
Em vez de gados, plantações
Em vez de charqueadas, engenhos
Em vez de portos, estações

Em vez de barcos, caminhões
Em vez de senhores, patrões
Em vez de escravos, peões
Em vez de  senzalas, galpões

Exploração, de meios e gente
Céus e ar / águas e chão!
O álvo , é o tempo alheio
A dignidade e a razão.

O tempo subjetivo
É o bem mais valioso
Que cada um por natureza
Tem a sua disposição
Ele é só nosso, e de ninguém mais
E o patrão quer ser o dono, imagine
 meu irmão!




E Canções Não Gravadas

"Para lembrar: trecho da canção perdida:"

Já deu água do mar na lagoa

Já deu água do mar na lagoa tainha correndo pra cá
Já deu água do mar na lagoa tainha correndo pra cá

A tainha tá correndo no Kilombo no mascate
Na barrosa são simão no estreito Kalafat

Já deu água do mar na lagoa tainha correndo pra cá
Já deu água do mar na lagoa tainha correndo pra cá

"Quando o bagre tá cambando os filhotes da lagoa


É sinal que para o ano a pesca pode ser boa"



Sobras:Jêguedê / Caxxixi / Jongo / Lê / Zabumba    /   
 Imgomê / Candomblé /  Tumbadora / Bamba
Rumpi / Caxinguelê / /  Xaque - xaque  / Ngungá   /  
 Batuque / RIpinique / Pandeiro / Rum  / Congada...

Afoxé -   Quimbôto -  Baiani - Quimbête -   / - 
 Gã -   Maxixe - Batá  - Canzá -  Bombo - Agê
Caribó,  Birimbáu - Bongô -   - Bambá -  Djambê / - 
 Kalimba -  Kisange - Hungu -  M’bolumbumba - Aiê*



Sobras: 


Cantando a vida voa
Junto ao Sol abro as manhãs
Serestas de aráquãs    Nas barrancas Guatemãs
Rio ligeiro vai canoa / 

Vozes tristes de Kilombos
Cantigas de antigas éras
Sonatas de passaredos  / 
Murmúrio D´Águas nas pédras 

Nas margens gente a espéra

Meu corpo nas águas voa

De remanso em remanso
Subo e deço na Genôa 
 ( Quebra mastro / Corta proa)  / 
Vida de pescador pobre
Pobre, mas de vida boa



Ponteio a viola rasa / 
Com sentimento profundo
E canto a moda da casa / 
O sofrimento do mundo"



Eu vou...., / pro`utros rincões
Montar, Barraca e ronda
Gaivotas, biguás, mergulhões
Redes / pra pesca e sombra



Ponteio a viola rasa / 
Com sentimento profundo
E canto a moda da casa /
 O sofrimento do mundo"



"Pontear uma viola rasa /
 Com sentimento profundo
Cantar a moda da casa / 
O sofrimento do mundo"



La fora eu solto o grito
Eu ganho o tempo sonhando 
Me encontro me alço voando
Navegando o infinito

Sobras:


Refrão:

Ponteio a viola rasa / 
Com sentimento profundo
E canto a moda da casa / 
O sofrimento do mundo"


Eu canto a dor da existência
Gemidos do sentimento
Ponteio em plena conciência
O ser é seu próprio tormento



O sonho foi Cultivado
Cultuado Construido
E  se materializou

O Sonho é pra ficar
Veio pra ficar o sonho
O Sonho não acabou

Refrão:
O sonho foi Cultivado
  Cultuado Construído
E  se materializou

A Obra vai continuar 
A obra não acabou
É pra jamais se acabar...





 Ao norte deixo o Cassino (Longa faixa de areia)
Ao sul busco o chuí. (Do Cacino ao Chuí)
 A leste o mar braviu
A oeste o verde Taim





Vou solto em minha canoa       /   
 Da correnteza ao timão
Cortando as águas ligeiras     /    
 Do rio do meu coração.


O sonho foi cultuado
Cultivado construido
SE fez materializar 

O Sonho veio pra ficar
Veio pra ficar o sonho
O Sonho veio pra ficar






Interessantes Sobras

(Eu fiquei fazendo conta
SEvando um chimarrão
Ouvindo o que a noite conta
Num encontro com a solidão)

Braseiro aceso ardendo      /       
 Já não aquece o galpão
La fora o vento Gemendo       /    
 Parece uma assombração

A boieira despontada     /         
Brilha qual o teu olhar
Qual mãe D’água Iluminada   / 
 Pela noite a levitar 


Sou Pescador de estrelas     /    
  Das águas do Jaguarão
Há noites que as vezes caem   /
  Estrelas para encher as mãos

Sou pescador de estrelas      /   
 Que caem no fundo do mar
Fui colher na madrugada         /     
Estrelas nas ondas a vagar / uma chuva delas caiu





Sobras:

Nas curvas das dobras /
Do infinito dos versos /





Calmarina                22 B


Velejando o Rio Guaíba,  
Ilhas, Matas, Casarios
Armazéns e Cais do Porto 
Barcaças, Grandes Navios

Poluições protegidas 
Faróis e Guarda Costeira
Impérios ferem tua Alma 
Minha Porto Alegre Trigueira

Em busca de Itapuã
Ao longe tudo Ilumina
Pois quando dorme Iansã
É Noite de “Calmarina”

Velejando
Ao luar eu vou

Então saio na lagoa
La fora o tempo para
Astros por todos os lugares
No céu, no horizonte /
Brilhando No fundo
Do espelho das
Águas.


Meu Amor!


Meu Amor!

Me sinto um Argonauta
Cruzando o Universo

Em busca de tua Estrela
Perdida Nas curvas
Das dobras do Verso / 
Do teu Multi-Verso. 
Meu amor!


Parte II

Lágrimas, turvas correntes
Gemidos de existências
Vozes Guerreiras, Kilombos
Tambores de resistências

Chaminés e esgotos livres
E as Lindas praias condenadas
Impérios ferem tua Alma  
Minha Porto Alegre Amada

Em busca de itapoã
Ao longe tudo Ilumina
Pois quando dorme Iansã
É Noite de “Calmarina”

Velejando
Ao luar eu vou

Então saio na lagoa
La fora o tempo para
Astros por todos os lugares
No céu, no horizonte /
Brilhando No fundo
Do espelho das
Águas.

Meu Amor

Me sinto um Argonauta
Cruzando o Universo

Em busca de uma Estrela
Perdida Nas curvas
Das dobras Do Verso / 
Do teu Multi-Verso. 
Meu amor!


Sobras:

 Refletidos no fundo /
 Do espelho das
Águas.

Do infinito do verso / 
Do teu Multi-Verso. 


Do infinito do verso / 

                   (Belesas interditadas)  (feiuras premeditadas) 









*Numenclaturas Afros Recolhidas do pequeno dicionário contido no Livro (A Influencia Africana no Português do Brasil - Renato Mendonça - Coleção: Retratos do Brasil - Civilização Brasileira - 1973), que expressam, rituais, festas, danças, reuniões, músicas, cantorias, e instrumentais Afros.   




*Numenclaturas Afros Recolhidas do pequeno dicionário contido no Livro (A Influencia Africana no Português do Brasil - Renato Mendonça - Coleção: Retratos do Brasil - Civilização Brasileira - 1973), que expressam, rituais, festas, danças, reuniões, músicas, cantorias, e instrumentais Afros.    


“Bucha de pescador” na ramada

A bucha também é conhecida como 
bucha-dos-paulistas, bucha-dos-pescadores,
 bucha-de-cerca, bucha-de-parreira, esfregão, 
fruta-cocta, fruta-dos-paulistas, gombô-grande, 
mamalongo e quingombô-grande. Em outros
 idiomas, conhecida como: spongo (Esperanto), 
pashte (Guatemala), susemi (Coréia), loufa (França), 

musú (República Dominicana) e paste (El Salvador).


Defeso:
"Segundo o ministério do meio ambiente: "Defeso 
é uma medida que visa proteger 
os organismos 
aquáticos durante as fases mais críticas de seus 
ciclos de vida, 
como a época de sua reprodução, ou ainda 
de seu maior
 crescimento. 
Dessa forma, o período de defeso 
favorece
 a sustentabilidade do uso dos estoques
 pesqueiros
 e evita a pesca quando os peixes estão
 mais vulneráveis
 à captura, por estarem reunidos em 


cardumes" (http://www.mma.gov.br)  [[






Lenda do Alto Camaquã: "Uma comunidade de Matutos Gaúchos, que acreditavam que, para o dia amanhecer, uma pessoa escolhida, deveria montar e sair de madrugada rumo a o leste para encontrar o sol e traze-lo para o seu povo" .




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