Dança No Terreiro
Autores: Cládio, Airton e Ótta
As ondas rolam mansas
na cadencia da sua dança
O gingado o balanço dela
O Vento é um apelo
Desprende os seus cabelos
Levanta a saia dela
Sanfona viola
Pandeiro Chocalho
E dueto de vóz afinada
A dança no terreiro
E os pares...
Se roçando enlaçados
Abraços juras beijos
Meneios de coxas
Gingados de ancas
E a dança recua
Avança balança
E noite de lua e estrelas
Morena me puxa me cerca
E chega bolindo a barriga
No elace ecosta os seios
Na roda sacode o compaço
Desmancha o candonbe
Em meus braços
Morena maneira fagueira
Remexe embala
Rebola as cadeiras
No achego o apelo
A pele o suor
O cheiro o gosto a quentura
Os corpos perdidos
As bocas se achando
O desejo o prazer a loucura
Os pares rodando
Sonhando vagando
E noite de lua e estrelas
Morena vai e vem encosta
Faz voltas no pega e me solta
Eu pego seu rastro no paço
Rodeia me enleia me enrrosca
Sussurra e me diz que gosta
Perdido me encontro em seus braços
E a noite vai serena
A lua cai na morena
Estrelas nos olhos delas
Na sua ciranda tem manha
Devaneios nos seus abraços
Me enlaço na cintura dela
E a noite vai serena
A lua cai na morena
Estrelas nos olhos dela
Na sua ciranda tem manha
Devaneios nos seus abraços
Sou um laço na cintura dela
Sou um laço na cintura dela.
(Esta é a letra correta.
Os Tápes - Dança no Terreiro ( A Lua e a Morena ) Composição de 1988
Nos terreiros de Umbanda em Tapes - isto ainda na década de 70 - nas noites de sessão (culto), numa longa e semi-minimalista cantiga de roda, os tambores tocavam um compasso arrastado, era o ritual para que os pais, e mães de santo, recebessem cada um sua entidade protetora, para começar a sessão de passes nas pessoas interessadas à aconselhamentos, diagnósticos e receituários. Mas aquele ritmo ainda que de longe, lembrava um candombe.
Um dia o professor de música e componente dos Tápes, Acy Terres, comentou que, era muito provável que, o candombe tenha sido uma expressiva manifestação cultural no rio grande do sul, nos tempos das charqueadas. Pois segundo ele, os blocos de carnaval, as escolas de sambas, e as tribos carnavalescas - estas mais expressivamente em Porto Alegre - até a década de 60 e 70 ainda tinham sinais de Candombe em seu samba.
Os Tápes compuseram algumas músicas com o ritmo Candombe costeiro - Dança No Terreiro é uma delas. A dança descrita na Letra foi inspirada em uma dança verídica de fim de ano - 1987-88 na Vila Dos Pescadores, que por acaso, um dos componentes do grupo, passeando pela margem da lagoa se deparou com o bailado a céu aberto, em um grande patio de frente para a lagoa, cerca de duas horas da manhã. Foi ali que surgiu a Dança No Terreiro ( A Lua e a Morena ). Esta Música junto a mais duas em Candombe Costeiro: Velho Duca, e Mar De Dentro, fizeram parte dos últimos shows Dos Tápes.
Autores: Cládio, Airton e Ótta
As ondas rolam mansas
na cadencia da sua dança
O gingado o balanço dela
O Vento é um apelo
Desprende os seus cabelos
Levanta a saia dela
Sanfona viola
Pandeiro Chocalho
E dueto de vóz afinada
A dança no terreiro
E os pares...
Se roçando enlaçados
Abraços juras beijos
Meneios de coxas
Gingados de ancas
E a dança recua
Avança balança
E noite de lua e estrelas
Morena me puxa me cerca
E chega bolindo a barriga
No elace ecosta os seios
Na roda sacode o compaço
Desmancha o candonbe
Em meus braços
Morena maneira fagueira
Remexe embala
Rebola as cadeiras
No achego o apelo
A pele o suor
O cheiro o gosto a quentura
Os corpos perdidos
As bocas se achando
O desejo o prazer a loucura
Os pares rodando
Sonhando vagando
E noite de lua e estrelas
Morena vai e vem encosta
Faz voltas no pega e me solta
Eu pego seu rastro no paço
Rodeia me enleia me enrrosca
Sussurra e me diz que gosta
Perdido me encontro em seus braços
E a noite vai serena
A lua cai na morena
Estrelas nos olhos delas
Na sua ciranda tem manha
Devaneios nos seus abraços
Me enlaço na cintura dela
E a noite vai serena
A lua cai na morena
Estrelas nos olhos dela
Na sua ciranda tem manha
Devaneios nos seus abraços
Sou um laço na cintura dela
(Esta é a letra correta.
Os Tápes - Dança no Terreiro ( A Lua e a Morena ) Composição de 1988
Nos terreiros de Umbanda em Tapes - isto ainda na década de 70 - nas noites de sessão (culto), numa longa e semi-minimalista cantiga de roda, os tambores tocavam um compasso arrastado, era o ritual para que os pais, e mães de santo, recebessem cada um sua entidade protetora, para começar a sessão de passes nas pessoas interessadas à aconselhamentos, diagnósticos e receituários. Mas aquele ritmo ainda que de longe, lembrava um candombe.
Um dia o professor de música e componente dos Tápes, Acy Terres, comentou que, era muito provável que, o candombe tenha sido uma expressiva manifestação cultural no rio grande do sul, nos tempos das charqueadas. Pois segundo ele, os blocos de carnaval, as escolas de sambas, e as tribos carnavalescas - estas mais expressivamente em Porto Alegre - até a década de 60 e 70 ainda tinham sinais de Candombe em seu samba.
Os Tápes compuseram algumas músicas com o ritmo Candombe costeiro - Dança No Terreiro é uma delas. A dança descrita na Letra foi inspirada em uma dança verídica de fim de ano - 1987-88 na Vila Dos Pescadores, que por acaso, um dos componentes do grupo, passeando pela margem da lagoa se deparou com o bailado a céu aberto, em um grande patio de frente para a lagoa, cerca de duas horas da manhã. Foi ali que surgiu a Dança No Terreiro ( A Lua e a Morena ). Esta Música junto a mais duas em Candombe Costeiro: Velho Duca, e Mar De Dentro, fizeram parte dos últimos shows Dos Tápes.
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